domingo, 28 de junho de 2009

Vi-te

“Ai!” A minha mente soltou instintivamente.
Fora um reflexo dos sentidos, a visão.
Esta que permitiu criar uma tempestade
No meu copo, no meu corpo.
Senti vontade de me debruçar,
Pois abrira-se o buraco no meu peito.
Aquele que havia tentado manter fechado,
Selado, ou até como se não tivesse existido.
Mas era impossível encerrá-lo.
A dor que este libertava era forte de mais.
Como se já não bastasse,
A frieza apoderou-se do meu estômago
Em conjunto com uma sensação de mal-estar.
As pernas não permaneceram imóveis
E começaram a fervilhar como pipocas.
Tive vontade de fugir para o meu recanto
E recolher-me em posição fetal.
Sabia que essa era a cura para tudo.
O meu peito ficaria recolhido
E a dor passaria.
A minha barriga aqueceria com o contacto das pernas,
Afastando para longe a frieza.
As pernas ficariam calmas,
Visto que as agarraria.
Tudo isto me levaria a um estado inconsciente,
Para um lugar onde não seria preciso pensar,
Um lugar seguro, o sono.

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