quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Rodrigo Leão - Pasión

domingo, 15 de novembro de 2009

Degrau a Degrau

Há um medo que me faz ficar inerte e não me deixa descer os degraus debaixo de mim!

sábado, 14 de novembro de 2009

Vou apanhar o autocarro e mudar-me para uma avenida sem suspiros!

Tiempo de Encanto

Por la noche, se empezó a oír un ruido de la naturaleza.
Era un sonido intermitente en la ventana de mi cuarto
Y hacía eco desde mis oídos hasta mi mente.
Poco a poco yo me quedaba como que sin vida...
Pero era solamente una serenidadad extraña.
Mi cuerpo entregó sus fuerzas y se rindió.
Cerré mis ojos y no me agité más.
Mi mente recogió buenas e sencillas memorias
Misturadas con la imagen de la lluvia cayendo en mi piel.
Fue una sensación fascinante y de libertad que me hice volar.
Gotas de lluvia que no me hacen frio cuando se juntan a mi piel,
Les pido que caigan todas las noches y que me dejen soñar.

sábado, 7 de novembro de 2009

O Monstro precisa de AMIGOS!

Cansado das ruas escuras
onde me desprezo com frequência,
tenho vontade de mudar
e opto pela claridade.
O inebriado céu cerúleo,
o eterno horizonte,
o cristalino reflectindo as nuvens...
como me apraz o mar.
Segredo-lhe o meu âmago,
mágoas e alegrias,
e espelhando-se ele compreende.
É um alívio.
Mas não há como me corresponder.
Ele não me aconselha.
Ele não me apoia
nem me dá indicações.
Não será este lugar escuro também?
Sinto-me sozinho,
afastado do Mundo
onde supostamente pertenço
e sou igual aos outros.
Com a tua mão,
eu poderei me levantar.
Se ma deres,
será um pequeno gesto
realmente grande
e de tirar a respiração
que me sufoca no escuro.

sábado, 31 de outubro de 2009

Porque sim

Simplesmente acontece. Sem procurar ou fomentar, sem que seja previsível, sem que nos apercebamos ou até mesmo sem que tencionemos, simplesmente acontece.

Algo complexo. Não que seja inexplicável, mas sim porque é explicável de maneiras diferentes, conforme os ventos que sopram e os já soprados. A tendência é transpô-lo através de gestos, palavras e expressões, tanto faciais como corporais. Para tal, dá-se a utilização dos 5 sentidos comuns a quase todos. No entanto, a complexidade advém essencialmente da incapacidade para apreender, plenamente, e explicar outros sentidos não tão explorados, apesar de vagos.

Desconhecimento, distracção ou ignorância propositada conduzem a esta “não exploração”. Porquê querer explorá-los? Quais os benefícios? Aos olhos de muitos, talvez estes nem existam. Ou talvez seja inteiramente inútil percebê-los. Uma hipótese é também a possibilidade de ser tudo uma ilusão proporcionada pela mente, cuja sente necessidade de fantasiar. Mas ao olhar para a outra mão, porque não conhecê-los melhor? Porque não explorar o que sentimos além dos ditos sentidos conhecidos? Nesta mão, perceber o porquê e o funcionamento destes sentidos, pode ser um indicador do caminho para o bem-estar pessoal, a vários níveis. Poderá até permitir o funcionamento dos diversos tipos de relacionamentos, quando eles existem, porque há a possibilidade de perceber também o que se sente a “solo”.

Tanto a exploração como a não exploração destes sentidos, são maneiras, opcionais, de estar. No entanto, os acontecimentos dão-se, disso não há dúvida e não são uma escolha.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Indescritível Magia

Não podia olhá-la nos olhos,
Ou inevitavelmente revelaria o meu desejo.
Sentia o seu olhar sobre mim
Que me exercia uma certa pressão.
Decidi entrelaçar os meus dedos nos seus.
Comecei por me sentir nervoso, receoso.
Provavelmente a cal tocou-me,
Pois deixei de sentir o sangue na minha cara.
Senti a sua outra mão acariciar-me a face.
Tudo começou a ser perigoso.
O seu toque, o seu cheiro,
Eram factores que despertavam a minha sede.
Sem me aperceber senti o seu hálito
E senti-me sedento.
Agora estávamos tão perto como nunca tinha sentido.
Ou talvez até já tinha, mas não me recordara.
Não devia, mas queria.
Levantei a minha cara até que
Rocei o meu nariz no seu.
Estava cada vez mais perto
E era impossível recuar.
Eu não era assim tão forte,
Não estava treinado para tal.
Fechei os meus olhos e confiei.
Não sabia se seria capaz de parar.
Não resisti à tentação.
Fui fraco e a natureza levou a melhor.
Mas uma fraqueza repleta de prazer.
Nunca me arrependeria por ter cedido a guarda.
Até hoje não me arrependo.

sábado, 26 de setembro de 2009

Vontade Própria

Mais certo do que a meteorologia,
Eu sei que posso odiar,
Com ou sem uma razão para tal.
Se eu pretender, eu vou odiar!
Posso demonstrar o quão odeio
Ou talvez guardá-lo intimamente.
Consigo sentir dentro de mim
A voz que me incentiva a odiar.
Sem que a controle,
A mente procura na sua vastidão imensa,
Várias e dignas razões para odiar.
Quiçá não tão dignas,
Mas razões de qualquer maneira.
Permito-me fazê-lo a todo instante
Sem qualquer tipo de pesar,
Ou até sem que me seja notificado.
Mas mais certo do que odiar,
É a minha aptidão para amar.
Se eu pretender, eu vou amar!
Aí, o meu intelecto acha
Vários fundamentos para amar.
Mas o primordial para saber que amo,
É com certeza, saber que odeio.
Se eu pretender, eu vou odiar! Ou amar!
Eu escolho.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

"Autopsicografia"

"O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente."

Fernando Pessoa


Não como qualquer tipo de artista,
Mas como ser humano, eu finjo!
Finjo um acordar bem-disposto
Onde demonstro o meu optimismo
Para o decorrer do dia,
Como no fim deste,
O meu estado de fadiga,
Será também um fingimento.
Sinto-me totalmente desagradado
Ao receber uma lembrança.
Mas no meu mundo artificial,
Ela era perfeita,
Tal como eu fui perfeito a fingir.
Adoro a minha ocupação
E tudo o que nela faço.
Estarei outra vez a fingir?
Certamente, finjo também
Quando digo que amo
Ou quando digo que odeio.
Sinto a ausência de algo ou alguém
E de imediato sei que são saudades fictícias.
Sinto-me constantemente obrigado a simular
O suposto prazer a se ter numa refeição.
Para não ter que contar, detalhadamente,
As complicações e estados do meu dia,
Crio a ilusão de um dia normal e igual a todos os outros.
Quando actuo como artista,
Finjo adorar fingir.
Finjo qualquer tipo de sentimento, estado ou emoção.
Finjo como uma estratégia de manipulação.
Finjo porque não sei sentir.
E o que finjo, de vós aprendi!

domingo, 19 de julho de 2009

When you’re about to say that you love me,
Think twice. I’m not your childhood teddy bear.
When you’re about to say that you’re mine forever,
Remember that you’re not a dog.
When you’re about to say that you think of me 24h by 24h,
Consider that you need to pee. You’ll think of that.
When you’re about to say that you’ll never leave me,
Be sure you don’t like to recycle.
When you’re about to say I’m your reason of being,
Imagine that I could die in this instant. Will you suicide after?!
When you’re about to say that you want to spend every minute with me,
Don’t forget that my brain needs to rest.
When you’re about to say that I’m your sun....
What the fuck!?!?! Find something original.
When you’re about to say that you love me the way I am,
For God’s sake! Even I would like to change some stuff!

When you’re about to say any shit like this,
Just don’t say it because it’s not love, it’s obsession or simply stupidity.
So spare myself.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Advogado ou não...

"Toda a pessoa acusada presume-se inocente até que a culpa fique legalmente provada."

Esta foi uma frase que encontrei nos pacotes de açúcar da “Delta Cafés”, achei-a característica e deixou-me intrigado. Inicialmente comecei por pensar que poderia usá-la como defesa a certas acusações como “Deixas-te a luz acesa!”. No entanto, decidi pôr-me no lado do ataque e cheguei à conclusão que esta frase deixava-me ligeiramente irritado. Existem variadas situações em que se acusa alguém de algo e que os acusados são mesmo culpados. Agora esta frase vem-me dizer o quê?! Que não podemos acusar certas pessoas em certas situações se essa culpa não poder ser legalmente provada?! O caneco….não tenho curso em advocacia mas sei quando uma pessoa é culpada. Aliás, nem sempre sei mas por vezes não são precisas provas legais para tal. Existem outro tipo de provas que nos permitem dizer o veredicto final: -“Guilty” ou “Not guilty”. Apesar de nas situações a que eu me refiro não ser infringida alguma lei, infringe-se algo a que eu chamo de ética, bom senso. E nestas situações não interessa a maioridade. Quem tem a capacidade de cometer tais infracções, também tem a capacidade, mais do que capacidade, obrigatoriedade, de ser responsável pelos seus actos.
Por isso e em suma do que disse, eu acuso-te de “X”. A testemunha de acusação, “A”, apresenta-me o seu testemunho comprovando tal situação. Em conjunto são-me fornecidas as provas “1”, “2”, “3”, etc. O réu, tu, nada tem a contestar senão afirmações vagas, incoerentes e inconsistentes.
Após analisados todos os elementos probatórios em conjunto, chega a hora do veredicto final. Atribuo a mim próprio a capacidade de julgar, com todos estes factos, e como tal: - O tribunal decidiu que o réu é culpado! “Guilty!”.
Quanto à sentença, essa sim, já não me cabe a mim decidir. Essa ficará por tua conta, pois de acordo com alguns ditados, “quem semeia ventos colhe tempestades” e outro muito popular “a vida encarrega-se”!
Em profundo pensamento chego a uma certa conclusão: “Quem sou eu para julgar um semelhante meu?”. No entanto, sem lei, códigos, artigos ou qualquer assunto respectivo à Lei, a sociedade na qual subsistimos criou o seu próprio tribunal. Assim sendo, todos ou quase todos consideram-se capazes de julgar seja quem for e em que situação for.

domingo, 28 de junho de 2009

Vi-te

“Ai!” A minha mente soltou instintivamente.
Fora um reflexo dos sentidos, a visão.
Esta que permitiu criar uma tempestade
No meu copo, no meu corpo.
Senti vontade de me debruçar,
Pois abrira-se o buraco no meu peito.
Aquele que havia tentado manter fechado,
Selado, ou até como se não tivesse existido.
Mas era impossível encerrá-lo.
A dor que este libertava era forte de mais.
Como se já não bastasse,
A frieza apoderou-se do meu estômago
Em conjunto com uma sensação de mal-estar.
As pernas não permaneceram imóveis
E começaram a fervilhar como pipocas.
Tive vontade de fugir para o meu recanto
E recolher-me em posição fetal.
Sabia que essa era a cura para tudo.
O meu peito ficaria recolhido
E a dor passaria.
A minha barriga aqueceria com o contacto das pernas,
Afastando para longe a frieza.
As pernas ficariam calmas,
Visto que as agarraria.
Tudo isto me levaria a um estado inconsciente,
Para um lugar onde não seria preciso pensar,
Um lugar seguro, o sono.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Adeus Sol

Chovia como nunca tinha sentido.
Os teus cabelos nunca se moveram,
A tua pele mais brilhante ficou
E as gotas entre os teus olhos disfarçavam as lágrimas.
Decidis-te partir sem que nada pudesse fazer,
Para acabar com o nosso sofrimento.
Hoje aqui estou, para te ver uma última vez
E esta imagem recordarei para todo o sempre.
Nunca esquecerei a pessoa que me permitiu voar
Mesmo sem ter asas, como tu meu anjo.
Quero também sussurrar aos teus ouvidos
As minhas últimas doces palavras de adeus e de amor.
Sei também que hoje se acabará
A única perfeição que tinha na minha vida.
E que com este estrangulamento no meu coração
Ficarei proibido, pelos céus, de sonhar.
Ai, eu só peço que a chuva se vá embora
Para que eu te possa agarrar
E com o sol ficar para toda a eternidade
Aconchegando-te em meus braços.
Por fim vejo-te realmente partir,
Sem que de alguma maneira
Os meus lábios se movessem para te impedir.
E assim perco o amor que acabara de encontrar
Espero encontrar-te num lugar longe daqui
Onde sei que ninguém nos poderá impedir de sermos felizes,
De sermos um só.