sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Indescritível Magia

Não podia olhá-la nos olhos,
Ou inevitavelmente revelaria o meu desejo.
Sentia o seu olhar sobre mim
Que me exercia uma certa pressão.
Decidi entrelaçar os meus dedos nos seus.
Comecei por me sentir nervoso, receoso.
Provavelmente a cal tocou-me,
Pois deixei de sentir o sangue na minha cara.
Senti a sua outra mão acariciar-me a face.
Tudo começou a ser perigoso.
O seu toque, o seu cheiro,
Eram factores que despertavam a minha sede.
Sem me aperceber senti o seu hálito
E senti-me sedento.
Agora estávamos tão perto como nunca tinha sentido.
Ou talvez até já tinha, mas não me recordara.
Não devia, mas queria.
Levantei a minha cara até que
Rocei o meu nariz no seu.
Estava cada vez mais perto
E era impossível recuar.
Eu não era assim tão forte,
Não estava treinado para tal.
Fechei os meus olhos e confiei.
Não sabia se seria capaz de parar.
Não resisti à tentação.
Fui fraco e a natureza levou a melhor.
Mas uma fraqueza repleta de prazer.
Nunca me arrependeria por ter cedido a guarda.
Até hoje não me arrependo.

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